segunda-feira, 9 de novembro de 2009

O império da vaidade


Nos dias atuais não basta ter um carro, ele tem que ser top de linha; não basta ter um celular, ele tem que ser dos melhores; não basta ter um computador, ele tem que ser de última geração; Não basta ter boas roupas, elas têm que ser de griffes famosas. Tudo tem que ter marca de prestígio no mercado. O que as pessoas estão fazendo consigo mesmas? Para onde estão indo? Provavelmente para o caminho do consumismo compulsivo que leva ao endividamento em busca, muitas das vezes, de futilidades.

Seguindo a tendência de se destacar dos outros, as pessoas trazem tatuagens no corpo com variadas formas e idéias no intuito de enfeitar o corpo transmitindo uma mensagem seja de amor por alguém, por pura irreverência ou uma mensagem política, mesmo que sutil. Nesse sentido o objetivo da aparecer está em evidência.

O consumismo da moda faz com que a pessoa traga marcas sobre o corpo (em roupas, bolsas, relógios, sapatos, celulares) que semelhante aos tatuados geralmente o identificam a um determinado grupo, que muitas das vezes nem é o seu verdadeiramente. Ainda tem os automóveis caros, as festa dadas. O objetivo nisso tudo é o de aparentar algo que lhe traz satisfação. O que não é ruim. O que não é bom é se isso custar um preço maior do que a pessoa possa desembolsar e a leve a ter problemas que lhe deixe encrencada e infeliz. As encrencas podem ser cobradores à porta, inimizades, má fama, ações nos juizados de pequenas causas, nome inserido no SPC, Serasa...

As diferenças da marca no corpo e sobre o corpo é que a primeira só se investe dinheiro com ela uma única vez, a segunda interminavelmente. A primeira é permanente, mesmo que não se queira mais (a não ser utilizando a cirurgia a laser para a remoção), a segunda tem a vantagem da transformação e da versatilidade. Diz a sabedoria popular que em demasia nada é bom.

Alberto Magalhães
Imagem: autoria não identificada/Fonte: internet

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