Diante de notícias ruins à nossa volta sempre ouvimos comentários que as coisas estão piorando. Na verdade o mundo não muda pra pior nem pra melhor, fica no meio. Ele caminha nas duas direções. Oscila tempos mais para um lado, tempos mais para o outro. Exemplos de períodos piores foram os das grandes guerras, como os 1º e 2º conflitos mundiais e os de outros anteriormente de igual magnitude para a época que não são computadas, dessa forma, pela história moderna. Invasões de pequenas nações, transformadas em colônias, por outras mais poderosas. Também as grandes epidemias que a saúde, de vários países, sofreu. Crises econômicas e políticas que implantaram, quase ao mesmo tempo, ditaduras governamentais pelo mundo.
Na outra vertente estão as descobertas de vacinas imunizantes, a libertação de nações do jugo de outras, a democratização de países dominados por militares, o avanço da informática e tecnologia, a ampliação dos direitos humanos no mundo... No entanto, quando menos se espera, algo de ruim surge para a humanidade, como as guerras, por exemplo, sempre originadas por interesses políticos ou econômicos que, ao final, são a mesma coisa. Os americanos saíram do seu continente e - à pretexto de combater o narcotráfico - instalaram uma base militar na Amazônia e estão se apossando da parte brasileira com seus dólares manchados de sangue oriental.
O mundo caminhou para melhor e para pior, desfruta de uma cultura cíclica de melhora em umas áreas e piora em outras, alternando evolução e atraso. Exemplo disso, atualmente, são o avanço incontido das drogas entre a juventude, da AIDS, a eminência de esgotamento dos recursos naturais e da dilapidação da natureza, a crise familiar, o aumento da criminalidade urbana...
A educação, a cultura, as artes, a igreja, os movimentos sociais progressistas sempre tiveram a capacidade de avivar a consciência individual e coletiva para a preservação dos valores fundamentais da pessoa humana. Sem esses elementos racional espirituais estimuladores da boa consciência humana os homens seriam seres puramente egoístas e perversos. Eles também sofrem essa oscilação cíclica. Esses elementos, associados a um inconsciente e essencial instinto de sobrevivência em grupo, contribuem para a boa convivência da espécie humana.
O mundo sempre estará melhor e pior para o homem, graças a ele próprio.
Alberto Magalhães